Ray
Charles (Albany, 23 de Setembro de 1930 — Los Angeles, 10 de Junho de 2004) foi um pianista pioneiro
e cantor de música soul que ajudou a definir o seu formato
ainda no fim dos anos 50, além de um
inovador intérprete de R&B.
Seu nome de nascimento por ser Ray
Charles Robinson, foi encurtado para Ray
Charles quando entrou na
indústria do entretenimento para evitar confusão com o famoso boxeador Sugar Ray
Robinson. Considerado um dos maiores gênios da música negra
americana, Ray Charles também foi um dos responsáveis pela introdução de ritmo gospel nas
músicas de R&B.
Foi eleito pela Rolling Stone o 2o. maior cantor de todos os tempos
e 10o. maior artista da música de todos os tempos.[1]
O
filme Ray, de 2004, interpretado por Jamie Foxx (vencedor do Oscar, pelo papel) conta
a vida do músico, partindo do momento em que deixa sua casa em direção a Seattle, para tentar a
carreira profissional, até o sucesso e o vício da heroína e sua luta para se livrar dela, intercalando
inúmeros flash-backs, onde o protagonista relembra os conselhos de sua mãe e
momentos de sua infância, quando perdeu seu irmão (que morreu afogado) e quando
ficou cego.
Órfão na
adolescência, Ray Charles iniciou a sua carreira tocando piano e cantando em
grupos de gospel, no final dos anos 40. A princípio
influenciado por Nat King Cole, trocou o
gospel por baladas profanas e, após assinar com a Atlantic Records em 1952, enveredou pelo R & B. Quando o rock & roll estourou com Elvis Presley em 1955, e cantores negros como Chuck Berry e Little Richard foram promovidos, Ray Charles
aproveitou o espaço aberto na mídia e lançou sucessos como "I Got a
Woman" (gravada depois por Elvis), "Talkin about You",
"What I'd Say", "Litle girl of Mine", "Hit the Road
Jack", entre outros, reunindo elementos de R & B e gospel nas músicas
de uma forma que abriram caminho para a soul music dos anos 60, e tornando-o
um astro reverenciado do pop negro.
A partir de então, embora sempre ligado ao soul, não se ateve a
nenhum gênero musical negro específico: conviveu com o jazz, gravou baladas românticas chorosas e
standards da canção americana. Entre seus sucessos históricos desta fase estão
canções como "Unchain My Heart", "Ruby", "Cry Me a River", "Georgia on My Mind" e baladas country
tais como "Sweet Memories", e seu maior sucesso comercial, "I
Can't Stop Loving You", de 1962. Apesar de problemas com drogas que lhe
prejudicaram a carreira, as interpretações de Ray Charles sempre foram
apreciadas, não importando as músicas que cantasse. Uma "aura" de
genialidade reconhecida acompanhou-o até o fim da vida e mais do que nos
últimos álbuns que gravou, era nas suas apresentações ao vivo que o seu talento
único podia ser apreciado.
Um notório mulherengo,
Ray Charles casou-se duas vezes e foi pai de doze crianças com sete diferentes
mulheres. Sua primeira esposa foi Eileen Williams (casado em 1951, divorciado em 1952) deu-lhe um filho. Outros três
filhos são de seu segundo casamento, em 1955, com Della Beatrice Howard
(divorciaram-se em1977).Sua namorada
longo prazo e parceira no momento da sua morte era Norma Pinella.