sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Videos CicloPoiesis

Etapas do Projeto

Estamos muito bem, valeu por divulgar no seu blog!!!!   SAUDADES bj!!!  Rodrigo

Terceira etapa com 3.000 Kms de pedal, partindo da Cidade de Casco no Peru até Quito a Capital do Equador...

Grande Ro, -o que pedala- eu que devo te agradecer, -por ser seu Pai- e sobretudo por aumentar os acessos do blog, - Saudades e bjks Marcão PS: Quanto às chaves perdidas, me faz lembrar...a última que vocês perderam, na volta da balada e quando fui chamado à recepção e avisado que a referida foi encontrada no fundo da pisicna, após vários dias de vocês "entrando e saindo" pela janela, risos. PS: A chave do Siena também foi achada.



Diário CicloPoiesis 27/

Na véspera do aniversario de 30 anos de Thobias, escrevemos essas palavras de frente para o pacífico, tomando uma cerveja. O dia começou “temprano”, levantamos as 4 da manhã e deixamos Ica, a cidade da buzina, para trás. O vento estava a favor, o terreno era plano e nossa energia estava pulsando. Pedalamos 2 horas mantendo uma média de 30 km/h, que para uma cicloviagem é uma alta velocidade, pelo menos para nosso ritmo.
No caminho, observamos uns “bugues” estacionados nas dunas. AdrenaArena é uma empresa especializada em levar turistas para passeios de bugues pelas dunas da região de Paracas. Mario, dono da empresa nos levou pára um passeio, com muita adrenalina, um visual inesquecível e uma aula sobre a geografia do local. Apesar do impacto ambiental que os carros causam nas dunas, tudo é feito muita consciência e controle, causando o menos de danos possíveis e com a preocupação de cuidar da região. Vale a pena ver o vídeo, ou melhor, viver essas experiência em Paracas, no Peru.
Seguimos para a cidade litorânea de Paracas, no caminho o Thobias já sentia as boas vibrações, empolgado deixou a mala aberta, e por isso teve que voltar de 3 a 5 km para buscar as coisas que caiam na estrada. Em Paracas vimos e sentimos a água gelada do Pacífico pela primeira vez nessa viagem. Fomos a procura de Frank, por recomendação de Mario e nos hospedamos em seu albergue. Comemos um “pescado”, brindamos com uma cerveja e ainda são 2 horas da tarde. O clima segue bom. Em fim descansando, trabalhando e comemorando de verdade.

Acordamos com as galinhas, ou melhor, com os berros dos galos e partimos em direção a Ica. Logo no inicio encontramos o desvio que o responsável pelo museu Maria Reiche havia nos falado, sem hesitação fomos pelo caminho mais curto. Essa estrada foi interrompida por causa de um terremoto, que abalou a estrutura de um túnel que corta a estrada, porém conforme verificamos, a estrutura do túnel está muito sólida!
Muita subida e “puro desierto”! Entramos em contato com a secura e a alta temperatura que nos castigou, por isso decidimos baixar a cabeça e pedalar em frente. Chegamos em Ica quebrados, comemos e nos encostamos na primeira pousada que achamos. Um dia de pouca produção, de pedal muito pesado e estressante. Em Ica nos organizamos para sair bem cedo em direção a Paracas, deixando para trás o barulho das buzinas, que até agora nos deixa com dúvidas: Para que buzinar tanto?

Surpresa, a chave perdida estava no bolso de Thobias. Depois dessa boa notícia e de enrolarmos bastante para acordar e sair da cama, começamos a nos organizar para partir. Thobias passou a noite indo ao banheiro, estava com diarréia, Rodrigo ao acordar também sofreu do mesmo mal. Partimos mesmo assim, a viagem foi tranqüila e nosso estado de saúde não é nada preocupante, já estamos bem melhor.
Os primeiros km´s foram muito legais, uma nova paisagem, um novo clima. Viver o deserto é muito interessante, ao mesmo tempo em que ele atrai, também repele. Fizemos muitas fotos e vídeos, pedalamos atentos procurando locais mais altos para tentar ver algumas linhas e figuras de Nasca. Vimos e nos encantamos.
Mais adiante, num pequeno povoado visitamos a casa de Maria Reiche, uma arqueóloga alemã que dedicou sua vida para descobrir os mistérios das linhas de Nasca. É graças ao trabalho dela que hoje o mundo ocidental conhece os mistérios em torno desses desenhos e linhas tão complexas, que segundo os guias e a própria Maria Reiche, estão relacionadas com a astronomia, épocas de plantio e colheita, e quem sabe muitas outras coisas.
No momento em que escrevemos esse texto, Thobias questiona a repetição dessas teorias, dizendo que talvez isso não faça nenhum sentido. Mais uma explicação de um mistério, reduzido a um calendário astronômico. Realmente não temos como saber! 
Maria Reiche escreve que seria muita pobreza achar que essas linhas e figuras são apenas a manifestação de crendices e rituais religiosos primitivos, afirmando que, em sua visão, todo esse trabalho é o produto de um esforço brilhante para compreender o mundo e o universo, fazendo comparação com os métodos das ciências naturais modernas. 
Enfim, após essa manhã de aprendizado, almoçamos mais uma vez um pedaço de frango com batatas fritas a beira da estrada. Sofremos com o calor e aridez do deserto, mas chegamos em Palpa, na “Posada Del Rio”, um Oasis no deserto. Agora a bateria do computador está acabando e vamos dormir em nosso primeiro acampamento dessa viagem, que é melhor do que muitos lugares que já nos hospedamos até aqui!!! Amanhã cedo vamos para Ica, começaras 5 da manhã para evitar o calor do deserto. 

O dia começou pesado. “Da-lhe” roupa suja pra lavar!!! 
Depois do almoço um passeio pelos Aqueodutos. Em meio ao deserto, vida, plantas espinhentas, cactos, melancias, pássaros e até Mata Blanco (estilo de borrachudo branco, que vem nos acompanhando pela viagem).
Dessa vez acompanhamos a periferia de Nasca, desértica, com um olhar mais crítico, duvidoso, confuso... Puro sentimento racionalizado... Difícil compreender. A reflexão girou em torno da pobreza em contraste com a exploração do turismo, os problemas da invasão cultural ocidental, que traz comparações e desejos de consumo que dificilmente se realizarão, entre todos os pobres que vivem na periferia de qualquer centro urbano, seja ele turístico ou não. 
Cruzamos silenciosos e apreensivos as ruas da periferia de Nasca até “La Plaza de Armas”. Uma apresentação cultural estava sendo organizada pela prefeitura, quando ouvimos um senhor nos chamando: “Brasileiros!!!!! Querem participar de nosso evento junto aos representantes do turismo e esporte da cidade?” Ficamos um pouco em dúvida, talvez um envergonhados ou deslocados, mas aceitamos o convite com muito prazer. Mais uma oportunidade de divulgar nosso projeto e principalmente o uso da bicicleta como meio de transporte. Parecia que todos sabiam o que fazíamos ali... os que não sabiam, ficaram sabendo. O melhor foram as conversas e amizades, além do aprendizado sobre a história da cultura Nasca, assim como de seus antecessores, civilizações muito desenvolvidas que já habitavam a região desde 500 anos antes de cristo.
Finalizamos o dia com um “putz, perdemos a chave do quarto...” Acho que caiu do Bolso do Thobias. Kkkkkk, mais uma!!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Diário CicloPoiesis / Fotos




Diário CicloPoiesis / Fotos


Piadas Leves / O Urso...


Colaboração do Dr Ad....    O urso do Alasca. 
 

Depois de vários dias à espreita, o caçador avistou um urso grande, mirou e abateu o animal. 
 

Ele estava pulando de alegria, quando sentiu um Tapinha no ombro. 
 

Era um urso maior ainda, sacudindo a cabeça em sinal de desaprovação. 
 

- Você não deveria ter feito isso - disse o urso. 
 

Você matou um dos meus semelhantes, e agora vai ter de pagar. Prefere morrer ou ser estuprado? 
 

Diante das circunstâncias, o caçador escolheu segunda alternativa. 
 

Abaixou as calças e entregou-se à lascívia do animal. 
 

O caçador sobreviveu, mas jurou vingança. 
 

Um ano depois, voltou ao Alasca disposto a matar o urso que o violentara. 
 

Ele avistou o animal, mirou e o abateu com um único tiro. 
 

Logo sentiu um tapinha nas costas. 
 

Era outro urso, muito maior do que aquele em que havia atirado, e disse: 
 

- Você matou um dos meus semelhantes e vai ter de pagar. 
 

Você prefere morrer ou ser estuprado por mim? 
 

O caçador não podia acreditar naquilo! A cena se repetia! 
 

Abaixou as calças e, jurando novamente vingança, entregou-se ao vigor daquele animal monstruoso. 
 

No ano seguinte, sedento por uma desforra, o caçador voltou ao Alasca. 
 

Avistou o gigantesco urso que o comera, mirou e abateu o animal com tiro certeiro... e sentiu outro tapinha nas costas. 
 

Era um urso descomunal, que disse: 
 

- Fala a verdade São Paulino, você não vem aqui pra caçar, vem?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Concurso de Pernas

Em consequência das fortes chuvas e com a presença do Amado Diretor, no Centro Olimpico, fica valendo o MotoRádio... 1. De quem são estas Pernas? 2. Qual a sua Preferência? 








segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Resenha, 24 de janeiro

Caros Boleiros, Campo encharcado, com dificuldades para se manter em pé, escorregando muito, o quorum se completou, os passarinhos do Patrice voltaram, também o Wagner, o Victor e o Rhanan, tivemos a presença do amado Diretor Claudião, -pernetas- e sem as muletas, com os comentários a seguir: bjks Marcão. PS: Parabéns ao Valter, MotoRádio justo.







Apesar das chuvas e campo propício para a prática do ski-bunda tivemos a presenç de 18 atletas, graças ao comparecimento de mais dois "amiguinhos" do Stephan (Fernando / Luca). assim pudemos ter 3 jogos e um rachão.

1º Jogo
Preto - Antonio, Renato, Ulisses, Guerra, Alexandre, Stephan e Marcão
Azul - Julio, Antero, Valter, Rafael, Adelino, Fernando e Giba
Resultado - Preto 2 (Guerra e Stephan) Azul 2 (Antero e Rafael)
Vitória do Preto nos Penaltis

2º Jogo
Preto - Antonio, Renato, Ulisses, Guerra, Alexandre, Stephan e Marcão
Amarelo - Antero, Vagner, Vitor, Rhanan, Luca, Julio e Adelino
Resultado - Amarelo 5 - Vagner, Rhanan(2) Adelino (2) x Preto 0

3º Jogo
Amarelo - Ulisses, Vagner, Vitor, Rhanan, Luca, Julio e Adelino
Azul - Antonio, Antero, Valter, Rafael, Adelino, Fernando e Giba
Resultado - Amarelo 3 - Vitor (2) Rhanan x Azul 1 - Giba

Destaques
1) Houve um "quase Gol Olímpico" do Adelino, com a bola batendo na trave, com a aquiescência do árbitro Mr. Guerra, que permitiu a colocação da bola somente a 1 1/2 metro da linha de fundo.
2) O corpo mole do Stephan que não se esforçou para concluir os passinhos dados pelo Renato, o primeiro no último gomo da tela e o segundo na casa do João de Barro no poste de iluminação;
3) Após tomar uma sapecada de 5x0 o Guerra fez um discurso, no banquinho, a favor da compactação da defesa, assim como a redução sustentável dos espaços cedidos ao adversário. Os ouvintes, todos parvos, não entenderam, mas como foi gravado será encaminhado a FIFA para compor o novo book de táticas a ser lançado durante a Copa.

Moto Rádio
Na ausência do Patrice Avaliador-Mor tomei para mim essa responsabilidade e selecionei o Rhanan pelos 3 gols e o Valter, que apesar de sair derrotado, mostrou frieza nos desarmes e senso de colocação. Como o Rhanan ainda terá muitos domingos pela frente enquanto o Valter não está nem comprando bananan verde com medo de não ter tempo de comê-las, o Moto rádio vai para o Valter.

Fevereiro
Em fevereiro teremos 4 domingos, entre eles o dia 14 Carnaval, pagaremos os 4 e se não houver quorum ficamos com crédito para março.

Censo
Terminadas as férias faremos um censo para avaliar quem continuará no grupo e a inclusão dos novos, pois temos alguns companheiros que escafederam-se por motivos ignorados.

abraços e boa semana, Claudio
Vejam o Amado Diretor com o Marcão





Amado Diretor, 
Considerando a recente operação realizada;considerando o ócio domiciliar;  não vou condená-lo pela afirmação feita.  A bola , na verdade, estava à apenas 30cm alem da linha, nada mais.  Bjs. AD.

Prezados boleiros:   Com o propósito de complementar o relatório assinado pelo Claudio aqui vão algumas informações e constatações havidas por ocasião do “futlama” do último domingo....
 

1.       As previsões do Patrice encaminhada à todos através de e-mail (dia 21 p.p às 21h37) dirigidas em “Post Scriptum”  ao Ledo se confirmaram totalmente: (“Ledo.....prepare as galochas.....deve estiar um pouco na hora do jogo...mas as chuvas da tarde/noite deixarão o campo encharcadíssimo...”). Resultado: O Ledo não compareceu! Das duas uma: ou não tinha as galochas para levar ou ele não sai de casa quando a previsão do tempo feita pelo Patrice não recomendar...

2.     Conseguimos identificar a ave que incomodou a arbitragem do Patrice no domingo anterior (dia 17/01/2010). Segundo informações obtidas pelos pesquisadores e de conformidade com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, trata-se de um periquito-verde (Brotogeris Tirica) também conhecido como maitaca ou maritaca. A curiosidade que vale destacar é que especialmente uma dessas aves barulhentas habita os arredores do nosso campo de futebol emitindo sons que segundo os especialistas imitam “o ranger de cordas que se esticam no cais ou o roçar dos bambus-imperiais sob o vento”. Detalhe: Submetida a um domador tecnicamente especializado, essa ave que habita o nosso campo somente se manifesta com tais sons quando observa erros grosseiros de arbitragens...

3.    Com referência ao gol olímpico  do Adelino restou destacar ainda que as linhas do gol delimitada pelas traves não estão alinhadas com o posicionamento horizontal das linhas laterais, pois estas (e todas as outras linhas do nosso campo) são absolutamente imaginárias...

Quanto a minha indicação ao motorádio da rodada, creio que a indicação foi muito mais por solidariedade do que mérito (também tenho lesão ligamentar em meu joelho direito pelo rompimento do ligamento cruzado anterior com a desvantagem de ainda não tê-lo restaurado como fez o Claudio). Dessa forma posso esclarecer os elogios recebidos:


a)     Frieza nos desarmes: resulta do rigoroso tratamento de gelo que tenho que fazer antes (e depois) dos jogos...

b)     Senso de colocação: graças aos meus joelhos, fico estático numa posição e como o campo é pequeno, certamente os atacantes adversários terão que passar perto de mim (uma espécie de posto de pedágio estrategicamente posicionado...).      Abraços    Valter Gonçalves

 Querido filinho,   Fiquei muito feliz qdo. vc  contou que jogaram domingo,,,e que vc inclusive havia vencido e até feito um gol...... Pelo visto vc continua com a mesma tática do tempo de escola....."Pai !! tirei 9 em frances " !!  ...... mas para saber sua nota de matemática.....eu tinha que ir à secretaria prá saber......... Mas entendo a sua omissão quanto à lavada histórica ,,pois perder por um placar destes, de um ataque formado por Rhanan, Luca, Julio e Adelino........não tem q contar prá ninguem mesmo............hehehe tô até imaginando o Guerra no banquinho....... Abs....  Patrice


Parabens pelo motorádio Valter.......há tempos que vc vem fazendo por merece-lo........alem do que, é um dos poucos que não faz pressão sobre a comissão julgadora........ Quanto a esse maldito pássaro (tinha 4 soltos perto de casa, na praia).....  foram eles que me fizeram mudar de idéia com relação à  fauna....hj defendo o PVDG árduamente( partido para a volta das gaiolas)....alem do mais nem prá comer esse bicho serve......experimentei um.....só um....  Abs Patrice


PS: Ledo....pode vir mais tranquilo domingo que vem......alguns lugares ainda estarão escorregadios...mas vc poderá escolher os lugares mais secos do campo......






Reflexões / A Vida????




A vida é uma oportunidade, aproveita-a. A vida é beleza, admira-a. A vida é beatificação, saboreia. A vida é sonho, torna-o realidade. A vida é um desafio, enfrenta-o. A vida é um dever, cumpre-o. ...   bjks Marcão
A vida é uma oportunidade, aproveita-a.
A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saboreia.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.


Novamente saímos bem cedo da cidade onde estávamos, Puquio, mas dessa o sol já brilhava. Apesar do desafio de subir novamente a cima dos 4000 metros de altitude, mantemos certa tranqüilidade, talvez mais confiança e menos expectativa. No caminho interagimos melhor com a cultura Quechua e encontramos um cicloviajante colombiano que estava pedalando há 4 meses. Conversamos bastante e nos identificamos muito, ele também pertencia a um projeto com metas alinhados ao Projeto CicloPoiesis, a sendo que a principal é promover a bicicleta como meio de transporte, divulgar e demonstrar sua eficiência.
 
Enquanto pedalávamos, a formação de uma tempestade nos ameaçava já a alguns km, quando decidimos, perto do 4300 metros de altitude, pedir outra carona para se proteger. Logo um caminhão vazio parou. Atravessamos a chuva e os pampas em segurança na caçamba do caminhão, 40 km de uma experiência muito interessante e engraçado. Foi possível contemplar uma família de Condores, coisa muitíssimo rara, voando sobre nossas cabeças. Incrível!
 
Enfim, saltamos do caminhão no inicio da maior descida de nossas vidas. 55 km de “pura bajada” até Nasca. A paisagem mudou completamente, deixamos o visual das alturas para trás e entramos no deserto, aproveitamos a diferença de paisagem e a facilidade da descida para fotografar e filmar bastante.
 
Quase chegando a Nasca, encontramos mais dois cicloviajantes belgas. Conversamos bastante e nos despedimos um pouco preocupados, porque eles estavam muito despreparados, estavam a 3 horas subindo, pouco menos de 1000 metros, ainda os esperava bons 3000 metros acima em pelo menos 40 km, além de ter que cruzar o Parque Natural Galeras nos “pampas das alturas”. Talvez 2 dias para isso fosse pouco. Bom, deixamos o que pudemos de água com eles e desejamos boa sorte e sucesso.
 
Chegamos a Nasca em meio a confusão do trânsito peruano, foi hora de triplicar a atenção. Passamos batido, por conta do cansaço, por algumas ruínas e pontos importantes e finalmente, por muito menos que vínhamos gastando até aqui, nos hospedamos num bom hotel. Hora de se organizar de novo, trabalhar o material coletado, lavar as roupas e planejar os próximos km´s.

Um dia de descanso. Como é importante. Conseguimos assim nos concentrar novamente no objetivo desta viagem, e também observar com mais detalhes a cultura que nos cerca. Voltamos a produzir grande quantidade de conteúdo. 
 
Fomos muito bem acolhidos num restaurante local “La Estancia”, “recomendadíssimo”, o Prof. Salomón e seus Filhos, boa comida bom papo e bons conselhos. Comemos uma Trucha!!!!!
 
Recarregamos as baterias!!
Nos primeiros 2 km, às 4h 20 minutos da manhã, fomos surpreendidos por um riacho que passa pelo meio da estrada. Esses são comuns na região por onde estamos pedalando, sempre passamos por eles sem problemas, porém, esse era mais fundo do que imaginávamos. O escuro nos impediu de fazer uma avaliação melhor, perdemos o equilíbrio durante a travessia e fomos obrigados a colocar os pés no chão, ou seja, na água. Se não estivéssemos a caminho dos 4 mil metros de altitude isso até que seria divertido, mas o que ocorreu é que nossos organismos gastaram mais energia para manter a temperatura de nossos corpos, pois nossos pés estavam muito gelados por causa do frio e da altitude.
 
Na escuridão ainda e concentrados tivemos que ficar espertos com os cães, que tem sido pouco receptivo tentando nos morder, graças a habilidade do Rodrigo, temos nos mantido protegido.
 
Com o dia clareando, observamos os pássaros acordando, emanando cantos dos paredões rochosos que nos cercavam.
 
Encaramos a maior montanha de nossas vidas com os pés molhados, com o medo controlado e concentração máxima. O sol nos acompanhou durante todo trecho, apesar das nuvens e ameaças de chuvas que sempre estavam sobre nossas rodas. Subimos de 2800 a 4021 metros de altitude até um povoado Quechua que vive em meio às nuvens, criando Lhamas e Alpacas.
 
Percorremos 60 km em 5 horas, todavia estávamos na estrada a mais de 8 h pedalando por aquelas montanhas gigantes, e os efeitos da altitude mesclados com o esforço se intensificaram. Tontura, náusea e muita dor de cabeça afetavam mais a Rodrigo do que Thobias, que continuava a sentir o joelho, foi quando decidimos, por uma questão de segurança, em um “poeblo” das altitudes, pedir uma carona até um lugar protegido.
 
Na camionete de Abel e Richard percebemos o risco que estávamos correndo e que a decisão que tomamos foi a mais prudente. Subimos a cima dos 4 500 metros de altitude por uma estrada que parecia uma montanha russa. No meio do trajeto, observamos os campos de altitudes com alguma neve, logo depois uma tempestade de gelo assustadora nos surpreendeu, de repente a estrada e o entorno ficaram brancos, congelados, se estivéssemos pedalando não sabemos o que aconteceria.
 
Tudo isso, mais a alta velocidade da camionete em conjunto com as curvas agravaram o estado de Rodrigo, que vomitou diversas vezes até chegar a Puquio. Fomos para uma pousada descansar, Rodrigo tomou medicação para os efeitos da altitude e logo melhor. O Thobias começou a tomar medicamento para a dor no joelho.
 
Não podemos esquecer, e por isso finalizamos dessa forma, que cada segundo desse dia valeu muito à pena. Entre todas essas dificuldades contemplamos a imensidão das cordilheiras dos Andes peruana, os animais exóticos, as lagunas de altitude e, sobretudo nossos estados internos e limites. Devido às circunstancias, documentamos pouco com fotos e vídeo esse dia, mas ainda podemos contar com essas palavras aqui escritas e com nossas memórias, cientes de que esse dia foi muito especial.

Chegou o instante de encarar o trecho mais difícil da viagem. Apesar da tranqüilidade e descanso de hoje, estamos muito ansiosos com relação ao pedal de amanhã. 
 
Hoje não podemos falar muito sobre nosso presente, pois estamos pensando apenas nos próximos km que virão. O processo de produção das fotos e dos vídeos também ficaram um pouco em segundo plano, pois estamos nos concentrando para evitar qualquer problema ou dificuldade.
 
Vamos acordar as 3 da matina e começar o pedal as 4. Esperamos que tudo corra bem!
 
Pedalamos pouco, por 21 km, subindo. Ainda tivemos que consertar a roda do Thobias que quebrou dois raios. 
 
A cidade de Chalhuanca e de beira de estrada, uma cidade de passagem, uma cidade onde se dorme antes de atravessar as cordilheiras dos Andes, em direção a Lima estão mais ou menos 200 km de altitude, passando dos 4600. “Los Condutores” não se arriscam a atravessá-la a noite. Existe informação de que se neva e “las “carreteira” se congelam. Um trecho para se tomar todo o cuidado e precaução.
 
Como outros lugares aqui também fomos tratados como gringos e isso tem nos deixado um pouco receosos, assim evitamos aparecer com equipamentos eletrônicos em muitos lugares, o que prejudica um pouco a coleta de material. Temos realmente que tomar cuidado.

sábado, 23 de janeiro de 2010


Embarcamos num trem para Aguas Calientes, cidade que fica ao pé de Macchu Pichu e chegamos nessa cidade turística, que apesar de ser cara é acolhedora. No dia seguinte visitamos as ruínas de Macchu Pichu, duas horas de caminhada subindo em direção ao lugar mais especial que conhecemos em todas nossas vidas. Estava chovendo um pouco, muitas nuvens e um frio de uns 10 graus, mas tudo isso não nos impediu de experimentar a magia Inca. Andamos livremente pelas ruínas, apreciando, contemplando e documentando, uma experiência que merece muito mais reflexão. Enfim, agora não podemos nos aprofundar muito nos detalhes, talvez nem devemos, pois nossas palavras certamente são efêmeras perto do esplendor de Macchu Pichu.

Agora começa o pedal!

Força Ro, estamos juntos, beijos Marcão 


Oi Pai, Estamos muito bem, valeu por divulgar no seu blog!!!!  Tem mais coisa lá!!!! Os vídeos e as fotos estão meio difícil de publicar, mas estou tentando resolver... SAUDADES  bj!!! Ro

Boa noite pessoal, eu não gosto muito de email coletivo, mas esse assunto é muito legal. Para quem ainda não sabe o meu brother Digão esta fazendo mais uma etapa da sua trip pela américa do sul de bicicleta e agora ele e o Tobias estão pedalando lá nas montanhas do Peru. Aqui está o link para o "diario de bordo" desta viagem maravilhosa, vale muito a pena ler algumas palavras ou ver as fotos incriveis desta viagem. Tenho certeza que vcs vão adorar, lá vcs podem interagir com eles fazendo comentarios e deixando recados.


Fiquem com DEUS  e "BOA VIAGEM".
  
 Abraços, Fernando.