Grande Ro, meu filho do meio predileto, sempre evoluindo, na época em que vc jogava basquete, defendendo a seleção Brasileira, -eles não te entendiam- você não se parecia Feliz e escrevia: "A morte é a nossa Fiel Conselheira..." em clara alusão a Don Juan o velho Yaqui, hoje você é muito melhor... -Sinta-se gostosamente beijado, Marcão.
Pai, segue minha
contribuição para seu blog. É uma síntese do trabalho final que produzi para
uma disciplina de Mestrado e Doutorado da UFSC. O nome da disciplina é Cidade
Polifônica, culturas juvenis e arte digital, o professor é um antropólogo
italiano, Dr. Massimo Canevacci.
O título do trabalho é Projeto Optimum Electric
State (OES): Uma
pesquisa sobre a ampliação da nitidez, campo visual e a intuição de atletas de
esportes coletivos[1]. O objetivo do mesmo é
refletir sobre a relação da produção do conhecimento científico em Educação
Física de acordo com alguns aspectos que foram desenvolvidos durante a
disciplina. O projeto OES é uma representação polifonica de um projeto
científico que se materializa institucionalmente na internet, por meio de um
endereço próprio da Universidade Federal de Santa Catarina: http://www.oes.ufsc.br. Porém, o elemento
científico concreto não é o conteúdo criado e disponibilizado no endereço, mas
sim a possibilidade de reflexões que ele possibilita por meio da radicalização
de algumas questões mais gerais do campo do conhecimento, por exemplo, o fio da navalha que separa a
ficção da realidade. Para alcançar esse primeiro objetivo adaptei e criei um site
com uma estética baseada em elementos gráficos e animações que classifico como
pseudocientíficos, mas que são suficientes para gerar um grau satisfatório de
confiabilidade e legitimidade sensível dos conteúdos disponíveis no site.
Elementos
de conexão com o conteúdo da disciplina :
A tensão
entre as dimensões racionais e irracionais do viver. Orgânico e inogârnico se
misturam numa proposta científica e mágica para aumentar a capacidade de
percepção do ser humano. Sincretismo que perde sua potencia diante da morte. O
sentido do viver depende de um tipo particular de subjetividade que não pode
ser explicada.
Visão,
mito, magia e psicanálise. Uma visão para além do homem que quanto mais é
potencializada menos coerencia percebe naquilo que vê, vive. O Übermensh se
transfigura em Überaugen e com a percepção aumentada da realidade o homem se
depara mais fácil com a ausência de sentido universal e assim deve morrer
simbólicamenta para achar um novo sentido subjetivo que oriente seu viver.
Aprender a ver no escuro.
A polifonia
pseudo científica de um conto adaptado. Os personagens do homem de areia de
Hofmann se metamofisam em professores Doctors in Philosofy (PhD.) da
Universidade Federal de Santa Cantarina que coordenam o projeto OES. Nataniael
Alienaten pesquisa as possibilidades de ampliação da intuição dos atletas de
esportes coletivos por meio da prática de Yoga, Rituais Xamanicos, Tai Chi
Chuan e ingestão controlada de Peiote. Essas práticas pertencem a um campo do
conhecimento que não podem ser compreendido a partir do perspectiva ocidental por
um conjunto de fatores que configuram uma outra realidade. Com esse personagem
a magia e o irracional se destacam como dimensões presentes em nosso cotidiano,
realidade e ficção se misturam e criam resultados objetivos que só podem ser
explicados parcialmente, porém são observados no mundo vivido e não podem ser
negados. A medida que o homem se afasta do sistema de significados que
orienatam seu viver, ele se torna capaz de estranhar o que lhe é familiar. É
assim que os atletas deixam de se interessar pelos esportes que praticam, pois
de longe é fácil perceber que a dimensão mercadólogica do esporte é
contraditória ao princípio do Ludus. O interesse do lucro é um contrasenso à
espontaneidade do Ludus. Metafetichismo 01.
A realidade
é aquilo que vemos.
Eu não
posso ver o que você vê.
Seus
monstros são verdadeiros, como você.
Clara
Esclarecida é uma matemática lógico-teórica, ou seja, a principal voz do
desencantamento do mundo. Ele trabalha com o que chamei de algoratimo genético,
um modelo lógico matemático capaz de ampliar a nitidez e aumento do campo
visual dos homens. Essa dimensão super iluminada do conhecimento racional
também cega pelo exesso de luz. Isso representado de forma metafórica que
aponta limite mais radical e intrasponível da racionalidade, a ausência de
sentido da viver diante da efemeridade humana, ou seja, da morte. O Mito de
Sísifo se trasnforma numa equação sem solução e o choque que tratava os loucos
de um passado recente retorna como expressão de uma mitologia cientificista.
Olho cego
no escuro.
Olho cego
no Iluminismo.
É o medo da
morte que nos faz ver.
Juan Coppelius é o engenheiro alquimista que cria
os sistema Nano-Bio-Eletrônicos, os olhos dessa ficção científica. Aplica o
modelo de Clara Esclarecida, constrói um novo corpo/espírito, um novo homem
ciborgue aclopado a um Nano hardware/software. Tecnologia apliacada para o
aumento do domínio-controle do homem sobre a natureza e outros homens que se
reproduz em todas as esferas da sociedade moderna, inclusive dos círculos
mágicos dos esportes coletivos.
Para saber mais visite o site : www.oes.ufsc.br
2 comentários:
Parabéms ao Pai e principalmente ao Rodrigo.
Sempre grato e orgulhoso de ser seu filho!!! Para vc, um bj tão gostoso quanto o que me deu!
Rodrigo
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