Grande artilheiro Marcão,
Você que também é craque e artilheiro e que jogou no Parque da Mooca, deve se lembrar de um dos maiores artilheiros do nosso Juventus, na década de 60 e que teve a grande honra de desbancar o Coutinho e jogar ao lado de Dorval, Chinesinho , Pelé e Pepe, no ataque da Seleção Paulista de 1960.
O nome dele : Wilson Buzzone, que foi meu colega de faculdade durante 5 anos e continua amigo até hoje.
No próximo sábado iremos nos encontrar com todos os alunos daquela época saudosa e romântica e gostaria que você, como sendo da MOÓCA MEU, postasse esta homenagem ao MEU AMIGO BUZZONE, com quem tive o prazer de conviver e jogar futebol durante bons anos !
Fiz uma coletânea sobre um pouco da Mooca, um pouco do Juventus e da carreira do Buzzone !
Um forte abraço, Marino
Antes um pouco da Moóca e do Juventus :
moradores
Em homenagem ao bairro, conheça mais sobre o time que, há 89 anos, faz parte dessa trajetória: o Clube Atlético Juventus.
Quando se menciona a R. Javari é difícil não lembrar do Estádio Conde Rodolfo Crespi, mais conhecido como Estádio da Javari. Seu gramado foi palco de lances históricos. O principal foi o gol marcado por Pelé, em 1959, na partida entre Santos e o time da casa, eleito pelo Rei como o mais bonito de sua carreira (o que levou o Juventus a homenageá-lo com um busto na entrada do estádio).
O time do Moleque Travesso, que ganhou esse apelido diante da vitória sobre equipes consagradas, coleciona um passado de prestígio no futebol paulista. E hoje, apesar de disputar a terceira divisão, continua reunindo juventinos cativos, que vibram sempre que a bola entra na rede pelos pés de um dos jogadores.
Entre fotos e memórias Os olhos de Wilson Buzone brilham quando conta de seu passado nos gramados. O ex-jogador começou no time juvenil do São Paulo Futebol Clube e de lá foi para o Nacional, contratado como profissional. Um desentendimento motivou a saída do centroavante, decidido a abandonar a atividade.
Meses depois, um diretor do Juventus apareceu no comércio de seu pai e convidou o garoto para fazer um treino no clube. Tudo levava a crer que o futebol perderia esse grande nome, mas o teste foi maravilhoso e rendeu um contrato ao atleta.
Foi no time da Mooca que Buzone despontou como um jogador notável. Prova disso são os exemplares da extinta Gazeta Esportiva Ilustrada que destacavam seu nome: “Estilingue nos pés de um moleque travesso: Mais de um gol por dia para Buzzone (sic)”, era o título da reportagem que falava dos 10 gols marcados por ele em uma semana. Ainda hoje, o jogador vai ao Estádio da Javari assistir à atuação do time onde fez história. “Tenho prazer em ir até lá. O Juventus marcou a minha carreira”.
Para aqueles que acompanharam o futebol na década de 60, serve como recordação dos bons tempos em que o futebol era jogado muito mais com a técnica e talento dos jogadores e menos com as táticas e imposição física atuais.
Para os que não acompanharam, é uma oportunidade impar de saber um pouco sobre a carreira deste grande centro- avante, que marcava gols em profusão, mas que teve a carreira abreviada por uma grave contusão em um jogo entre a seleção paulista e a seleção da Bahia !
Lá vai uma foto dele jogando ao lado de ninguém mais do que o Rei Pelé e outros renomados craques como Dorval, Chineisinho, e Pepe .
Segue também uma coletânea sobre a carreira desse cara que superou tantas e tantas dificuldades, buscando, através dos estudos, na faculdade, um novo caminho profissional ! Sorte Nossa ! PARABÉNS BUZZONE !:
Além disso, vocês sabiam que nosso colega Wilson Buzzone se tornou Garoto-propaganda e modelo oficial do Juventus e anda arrasando corações ?
Nas imagens, ex-jogadores da equipe paulistana se encontram com atletas do elenco atual em lugares como um vestiário ou uma padaria. Todos aparecem devidamente uniformizados com a camisa de número 1 do time – de cor grená – ou de número 2 – de cor branca.
A campanha foi feita nas dependências do Juventus e nas proximidades da Rua Javari, onde fica a sede do clube, no bairro da Moóca, zona leste de São Paulo.
Estrelam as fotos os jogadores do time atual Élvis, meia ex-Botafogo, Marília, Ituano, e o atacante Gebson dos Santos, o Romarinho. Entre os ex-jogadores, destaque para Raudnei, que começou a carreira no Juventus na década de 1980, e Wilson Buzone, que vestiu o uniforme grená entre as décadas de 1950 e 1960.
Em pé: ?, Clóvis, Moraes, Milton, Pando, ?, ?, ?.
Agachados: massagista Bianchi, ? , Luizinho, Buzzone, Joaquinzinho, Bececê e o massagista Elias Pássaro.
Arquivo: www.miltonneves.com.br
| Seu grande momento foi durante o campeonato paulista de 1959, quando foi o quinto maior artilheiro da competição, com 28 gols, sendo incluído pelo jornal esportivo “Equipe” na seleção dos melhores do torneio. |
Sua performance e seu novo nome realmente atraiu o interesse do exterior. Em janeiro de 1960, a direção da Fiorentina, da Itália fez uma proposta ao Juventus para contratá-lo. Enviou representante ao Brasil, fechou os detalhes do contrato com a direção juventina e estava disposta e levá-lo imediatamente.
Quem teve a felicidade de ver Buzzone atuar certamente tem a convicção que teria se tornado, na Itália, um ídolo comparável a Mazzola, Julinho Botelho e outros brasileiros que à mesma época tiveram grande sucesso no futebol peninsular.
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Da esquerda para direita: Buzzone, Lima, Clóvis, Pando e Zeola
Arquivo: Fernando Galuppo
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Mas, graças ao seu excelente desempenho no campeonato paulista, Buzzone havia sido convocado pelo técnico Aimoré Moreira para disputar o campeonato brasileiro de seleções pela seleção paulista, torneio esse que seria realizado em janeiro de 1960. A direção do Juventus pediu, todavia, que primeiramente o jogador disputasse o torneio para depois seguir para a Itália. Acordo fechado, Buzzone foi para a concentração em Atibaia-SP, preparar-se para o torneio. Na competição pretendia jogar seus últimos jogos no Brasil antes de seguir para o Velho Continente.
Ataque da seleção paulista: Durval, Chinesinho, Buzzone, Pelé e Pepe
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Nos treinamentos, o nosso craque conseguiu uma proeza que parecia improvável: colocar o centro-avante Coutinho, companheiro de Pelé no Santos, no banco de reservas.
Dessa forma, a linha de ataque do time titular na estréia contra a seleção baiana, no dia 19 de janeiro de 1960, ficou assim constituída: Dorval (Santos), Chinesinho(Palmeiras) ,Buzzone (Juventus), Pelé(Santos) e Pepe (Santos).
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Mas, aquela sonhada estréia no Estádio da Fonte Nova, em Salvador-Bahia, viria a tornar-se uma tragédia e representar o fim de suas pretensões no futebol, que eram altas.
Logo nessa partida de estréia, ao tentar chutar uma bola para o gol adversário, foi violenta e deslealmente calçado pelo quarto zagueiro Nelinho (jogador do E.C Bahia), da seleção baiana fraturando sua perna o que o tirou quase dois anos do futebol. “Foi uma grande pena, pois eu estava numa fase sensacional. Coloquei o Coutinho no banco, o que é um dos maiores orgulhos de minha vida, além de, como o Aymore viria a ser técnico da s seleção brasileira de 1962, eu era nome praticamente certo para disputar a Copa do Mundo naquele ano . O lance acabou com um futuro muito bonito que eu tinha pela frente” – lamenta Buzzone.
Em pé: Grambel (treinador), Julinho, Nenê, Sérgio, Clóvis, Pando, Cassio e o diretor Pucci. Agachados: Zeola, Carbone, Buzzone, Viana e Neves (1959)
5 comentários:
Buzzone,
Você é o cara ! Parabéns, Você merece todas as homenagens do mundo e sempre serão poucas !
Marino, Parabéns, justa homenagem, ao craque Buzzone, que tantas alegrias deu aos moradores da moóca, com seus lindos GOLS...
Que bela homenagem ao nosso querido Buzzone, ele realmente merece esse carinho.
Edimar
Grande Marino,
- Vc é o cara Parabéns a sua Postagem do Buzzone Bombou... "já" foram quase 300 acessos
bjkas
Marcão
Queridos e inesquecíveis amigos.
Não só reconhecemos o enorme valor pessoal como profissional do Buzone pois muitas vezes jogamos junto e demos MUUUUUUUIIIITA RIZADA com suas palhaçadas .
Abraço a todos.
Leonardo Coelho
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