terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Thiago Campos o verdadeiro camisa 10

Marcão você tinha pedido um texto sobre o futebol dominical e principalmente sobre o fato dele unir um grupo a tanto tempo.. Bom, mesmo sendo um "bebê" nessa história segue uma tentativa de mostrar sobre a ótica dos mais novos, pq esse grupo é tão rico..


Confesso que quando vi o pedido do Marcão para alguém escrever um texto sobre a turma de domingo, me senti longe de ser alguém com capacidade para exemplificar porque o grupo é tão rico e harmonioso. Fiquei pensando que ainda era um "bebê" nessa história e que haveria alguém com muito mais vivência e experiência no grupo para resumir o que é fazer parte da "turma do Ibira".

Só que não me aguentei, resolvi tentar algumas linhas tímidas sobre o que é conviver com todos vocês.

Para começar, minha "primeira vez" foi curiosa. Amo futebol e tudo que ele representa para uma sociedade como a brasileira e por ter meu pai por perto, aprendi a ser um pouco mais exigente. O velho sempre exibiu muito talento e simplicidade com aquela esfera, normalmente preta e branca. Portanto, sempre foi difícil aceitar qualquer perna de pau jogando, inclusive eu. Percebi que a genética me trouxe apenas a paixão pelo esporte e deixou a técnica e habilidade dentro do campo para meu pai e meu irmão. 

Dessa forma, sempre fui muito consciente de que jogar com eles não era meu lugar, pois estaria sempre estragando o espetáculo. Porém, meu pai sempre valorizou muito que eu estivesse junto dele dentro dos gramados, o máximo que pudesse, seja pelo meu avô que nunca o valorizou o suficiente, seja pela misericórdia de quem sabe jogar futebol e entender que nem todo mundo consegue se virar tão bem dentro das quatro linhas.

Então, em um belo domingo resolvi acompanhá-lo para ir jogar no Ibirapuera, mas precisamente no parque das Bicicletas. Fui um tanto tímido e envergonhado por tentar a sorte em uma jaula de leões. Sim, leões, pois fiquei de próximo pela primeira vez e percebi que lá dentro haviam boleiros de verdade, homens que aprenderam desde de cedo a tratar a gorduchinha (esse devia ser o nome da bola na Copa) com muito carinho, mesmo quando não tinham tanta habilidade, mas o carinho era fundamental.

Lembro que a "primeira vez" foi um pouco traumatizante, joguei nervoso e errei muito na defesa, fui até parar no gol em um ataque de fúria do Claúdio (pensa que errei muito mesmo). Mas, no fim das contas aquelas partidas "enganando" no gol foram imprescindíveis para aguçar ainda mais o meu amor por esse esporte. 

Como havia dito no paragrafo anterior, o carinho que esses homens tratavam e tratam a bola todo o domingo, me mostraram porque o futebol é tão mágico. Capaz de unir todos os povos, todas as raças e principalmente todos os tipos de praticamente desse ludopédio frenético. Percebi que não necessariamente precisava ser habilidoso para ser craque ou jogar bem, havia algo mais, havia entrega e carinho com a bola. Uma espécie de mantra sagrado para esse grupo.

Mantra que extrapola a condição das quatro linhas, atravessa o extracampo e cria um elo entre todos que como diria o poeta nem mesmo o tempo poderá destruir. A amizade que todos vocês possuem entre si e com a bola é o que faz de vocês um grupo tão forte, tão unido e tão perpetuado.

Pode ser que nós, da nova geração, não tenhamos o mesmo talento e o mesmo carinho para dar continuidade nesse legado dentro das quatro linhas, mas tudo o que aprendemos a cada domingo, nos faz crescer e ter certeza de que o legado é bem maior do que o campo, o parque das bicicletas, a camisa do Giba, as bizarrices do Renato, as dancinhas do Dante, as patadas do Zé, as fungadas do Ledo, ou até mesmo a teimosia da prefeitura em não querer "ceder" o campo para quem cuida (vocês, o jeito é ganhar na Mega da virada).

Nunca soube se a "turma do Ibira" tem algum nome, mas sempre soube que isso era desnecessário, vocês me ensinaram a amar ainda mais o esporte e fizeram entender que a amizade não precisa de explicação, basta deixar o nome na prancheta e esperar sua vez de jogar, todo domingo, religiosamente.

Obrigado a todos vocês, Thiago





Grande Thiago:

De: Blogueiro/Boleiro
Para: Blogueiro/Boleiro

Acessem o Blog do Thiago, vale a pena...

http://cademeucamisa10.com/



Valeu Thiago, fiquei Feliz e parodiando o Marino que disse:

Filho de Peixe, Peixinho é, Parabéns por duas vezes: Você ser filho do meu amigo Wagner, Boleiro de primeira linha e "mano" do Witor que também é Boleiro dos bons e ainda, por vc pertencer ao nosso grupo na ala dos mais jovens;. você é 10, mais 10++++ Teu Blog é um Sucesso..., bjkas Marcão

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa Thiagão...mandou legal...é esse tipo de herança que nos deixa imensamente felizes de deixar....que bom q vc pense assim.....
Quanto ao Claudio uma sindicancia será aberta , a qual espero consigamos puní-lo exemplarmente....esse maldoso....
abs
patrice