terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Diário CicloPoiesis

Grande Rodrigo:  ah,..! - A música sempre me encanta, você é muito sensível, portanto, sinta-se abraçado e amado, neste dia especial, que é o seu ANIVERSÁRIO, Parabéns, sou Feliz  em poder compartilhar de um filho amigo como você.... - A distância só nos deixa mais perto. - Força no Pedal,  sempre é hora de levantar e galgar um novo objetivo...  bjks Marcão


05/02/2010 – Tortuga / Trujillo

Sáb, 06 de Fevereiro de 2010 22:58 Última atualização em Sáb, 06 de Fevereiro de 2010 23:01 Escrito por Rodrigo Ferrari

Acordamos com a lua brilhando sobre nossas cabeças, olhamos no relógio e ainda era 3 h da manhã, ufa!!! Mais algumas horas de sono. Despertamos muito cansados, o pedal não estava rendendo, Rodrigo indisposto, um pouco mau do estomago e dor de cabeça. A uns 5 km antes de Chimbote, encontramos um andarilho inglês que nos recomendou passar direto por Chimbote e aproveitar Trujillo.

Não pensamos duas vezes, vimos uma possibilidade de carona e fomos para Trujillo. Dia de descanso, recarregar as baterias e comemorar os mais de 1500 km pedalados.

04/02/2010 – Huarmey / Tortugas


Sáb, 06 de Fevereiro de 2010 22:57 Escrito por Rodrigo Ferrari
O dia começou errado, entramos num ciclo de longas pedaladas e pouco descanso. Saímos por volta das 11 h da manhã, péssima idéia para quem almeja pedalar mias de 100 km no deserto. Dessa vez chegamos no limite, a nossa previsão de parada e descanso não existia, e fomos castigados por nossa inocência em acreditar que ela existiria. Não levamos alimento e liquido suficiente para fazer o trecho com tranqüilidade. Fome e irritação!!!

No auge da roubada fomos surpreendidos, Sr. Clemente tem o melhor restaurante do Peru no meio do deserto. Um homem generoso, que nos convidou para comer em seu restaurante como se estivesse em sua casa. Nos mostrou dois livros com mensagens de pessoas como nós, viajantes, que ele chama de amigos aventureiros. Foi emocionante, o clímax da viagem.

Depois de ouvir tantas estórias, escrevemos a nossa naquele livro, que é um nó em pleno deserto, onde centenas de vidas do mundo inteiro se cruzam. A dureza do deserto se transformou em generosidade, as dificuldades esquecidas em meio a lembrança do SER-HUMANO, Sr. Clemente.

Chegamos em Tortugas, e daí? Definitivamente o que importa é a viagem, não o destino! Casas Penduradas nos barrancos de pedra, “cerca do mar” nos impediu de acampar na praia. Mais um homem generoso, Seu Firmino nos cedeu uma varanda no alto do barranco de frente para a Baia de Tortuga. De lá apreciamos mais um por do Sol e acampamos ao som do Mar, dos pássaros e de gotas de água que ameaçavam nos tirar dali.

03/02/2010 – Barranca / Huarmey


Sáb, 06 de Fevereiro de 2010 22:56 Escrito por Rodrigo Ferrari   Depois de uma bela noite de sono, ao som do mar e vista pro Pacífico, levantamos às 7:00. Demos continuidade ao trabalho, escrevendo e dando “um tapa” nas Bicicletas. O Thobias conseguiu colocar o cambio pra funcionar quase 100% novamente. Água, sabão e lubrificação. Fomos ao centro de Barranca, comprar comida e água para atravessar mais 100 km de puro deserto. Sabíamos que a estrada nos reservava calor, subidas, areias e muita rocha, era preciso estar preparado.

Em meio a um milharal, em baixo de uma única árvore, fizemos nosso “desayuno”. E dá-lhe Sol!!!! O trecho começou a mostrar suas nervuras, acabou o acostamento, o asfalto estava deteriorado, a estrada parecia abandonada. O sol latente em nossas cabeças. Não sabemos a temperatura, mas era muito... muito quente. Passamos o rio Fortaleza e... mais subida. Algumas descidas e mais subidas. A descida não animava enquanto que as subidas desesperavam. A paisagem era bela, o sol abria as cores do deserto, tons quentes de vermelho, laranja, amarelo, marrom e branco, enquanto tínhamos pique, estávamos registrando ao máximo. Paramos depois de 30 km, exaustos, moles, miolos fritos. Mudamos a estratégia de ataque, nos preparamos para pequenas metas de 15 km.

Depois de 15 km, percebemos o quanto havíamos subido, descemos e paramos num restaurante. Sombra, Coca-Cola “Helada”, Tromboyo frito com papas e cebola. Hidratamo-nos, nutrimo-nos e estávamos pronto pra mais 60 km de deserto. Depois de refletirmos sobre como lidar com as dificuldades, seguimos mais tranqüilos, com o Sol mais baixo (3 hs da tarde). A cada 15 km a paisagem mudava completamente, nos aproximávamos e afastávamos do Pacífico, Dunas, Mar, Rochas escuras e até o verde começou a fazer parte do cenário. Aproveitamos pra fazer muitos registros de vídeos e fotos. Ainda batemos um bom papo com um nativo (registrada) e tocamos os últimos 22 km, que “tiramos de letra”, acompanhados por um esplendoroso por do Sol.

Passamos a noite num bom Hotel com internet e boa conexão. Garimpamos desconto novamente (Hotel Maria Huarmey), atualizamos o site e nos atualizamos com informações do Brasil. Prontos para tocar mais 100 km até a Praia das Tortugas um pouco depois de Casma.

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