terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Grandes Amigos / Rodrigo

Grande Ro, meu filho do meio predileto, sempre evoluindo, na época em que vc jogava basquete, defendendo a seleção Brasileira, -eles não te entendiam-  você não se parecia Feliz e escrevia: "A morte é a nossa Fiel Conselheira..." em clara alusão a Don Juan o velho Yaqui, hoje você é muito melhor... -Sinta-se gostosamente beijado, Marcão.

Pai, segue minha contribuição para seu blog. É uma síntese do trabalho final que produzi para uma disciplina de Mestrado e Doutorado da UFSC. O nome da disciplina é Cidade Polifônica, culturas juvenis e arte digital, o professor é um antropólogo italiano, Dr. Massimo Canevacci.

O título do trabalho é Projeto Optimum Electric State (OES): Uma pesquisa sobre a ampliação da nitidez, campo visual e a intuição de atletas de esportes coletivos[1]. O objetivo do mesmo é refletir sobre a relação da produção do conhecimento científico em Educação Física de acordo com alguns aspectos que foram desenvolvidos durante a disciplina. O projeto OES é uma representação polifonica de um projeto científico que se materializa institucionalmente na internet, por meio de um endereço próprio da Universidade Federal de Santa Catarina: http://www.oes.ufsc.br. Porém, o elemento científico concreto não é o conteúdo criado e disponibilizado no endereço, mas sim a possibilidade de reflexões que ele possibilita por meio da radicalização de algumas questões mais gerais do campo do conhecimento,  por exemplo, o fio da navalha que separa a ficção da realidade. Para alcançar esse primeiro objetivo adaptei e criei um site com uma estética baseada em elementos gráficos e animações que classifico como pseudocientíficos, mas que são suficientes para gerar um grau satisfatório de confiabilidade e legitimidade sensível dos conteúdos disponíveis no site.

Elementos de conexão com o conteúdo da disciplina :

A tensão entre as dimensões racionais e irracionais do viver. Orgânico e inogârnico se misturam numa proposta científica e mágica para aumentar a capacidade de percepção do ser humano. Sincretismo que perde sua potencia diante da morte. O sentido do viver depende de um tipo particular de subjetividade que não pode ser explicada.

Visão, mito, magia e psicanálise. Uma visão para além do homem que quanto mais é potencializada menos coerencia percebe naquilo que vê, vive. O Übermensh se transfigura em Überaugen e com a percepção aumentada da realidade o homem se depara mais fácil com a ausência de sentido universal e assim deve morrer simbólicamenta para achar um novo sentido subjetivo que oriente seu viver. Aprender a ver no escuro.

A polifonia pseudo científica de um conto adaptado. Os personagens do homem de areia de Hofmann se metamofisam em professores Doctors in Philosofy (PhD.) da Universidade Federal de Santa Cantarina que coordenam o projeto OES. Nataniael Alienaten pesquisa as possibilidades de ampliação da intuição dos atletas de esportes coletivos por meio da prática de Yoga, Rituais Xamanicos, Tai Chi Chuan e ingestão controlada de Peiote. Essas práticas pertencem a um campo do conhecimento que não podem ser compreendido a partir do perspectiva ocidental por um conjunto de fatores que configuram uma outra realidade. Com esse personagem a magia e o irracional se destacam como dimensões presentes em nosso cotidiano, realidade e ficção se misturam e criam resultados objetivos que só podem ser explicados parcialmente, porém são observados no mundo vivido e não podem ser negados. A medida que o homem se afasta do sistema de significados que orienatam seu viver, ele se torna capaz de estranhar o que lhe é familiar. É assim que os atletas deixam de se interessar pelos esportes que praticam, pois de longe é fácil perceber que a dimensão mercadólogica do esporte é contraditória ao princípio do Ludus. O interesse do lucro é um contrasenso à espontaneidade do Ludus. Metafetichismo 01.

A realidade é aquilo que vemos.
Eu não posso ver o que você vê.
Seus monstros são verdadeiros, como você.

Clara Esclarecida é uma matemática lógico-teórica, ou seja, a principal voz do desencantamento do mundo. Ele trabalha com o que chamei de algoratimo genético, um modelo lógico matemático capaz de ampliar a nitidez e aumento do campo visual dos homens. Essa dimensão super iluminada do conhecimento racional também cega pelo exesso de luz. Isso representado de forma metafórica que aponta limite mais radical e intrasponível da racionalidade, a ausência de sentido da viver diante da efemeridade humana, ou seja, da morte. O Mito de Sísifo se trasnforma numa equação sem solução e o choque que tratava os loucos de um passado recente retorna como expressão de uma mitologia cientificista.

Olho cego no escuro.
Olho cego no Iluminismo.
É o medo da morte que nos faz ver.
    
Juan Coppelius é o engenheiro alquimista que cria os sistema Nano-Bio-Eletrônicos, os olhos dessa ficção científica. Aplica o modelo de Clara Esclarecida, constrói um novo corpo/espírito, um novo homem ciborgue aclopado a um Nano hardware/software. Tecnologia apliacada para o aumento do domínio-controle do homem sobre a natureza e outros homens que se reproduz em todas as esferas da sociedade moderna, inclusive dos círculos mágicos dos esportes coletivos.

Para saber mais visite o site : www.oes.ufsc.br




[1] Disponível em: http://www.oes.ufsc.br/o_projeto

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéms ao Pai e principalmente ao Rodrigo.

Blog CicloPoiesis disse...

Sempre grato e orgulhoso de ser seu filho!!! Para vc, um bj tão gostoso quanto o que me deu!

Rodrigo