segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Resenha, 13 de novembro, Feliz por Nada...

Manhã nublada no "CO", entretanto o campo estava bom, alguns buracos foram tapados, e os jogos começaram, foram montados três times, o primeiro jogo terminou empate em 2 a 2, gols do Coelho e Marcão para os laranjas e do Ad e do Zé para os azuis. Jogo bom de assistir, apesar dos times estarem equilibrados o Goleiro Tonico desequilibrou, jogando para os azuis, defendeu bolas impossíveis. Nos pênaltis os laranjas foram perfeitos, o último foi batido pelo Valter, lindo gol, chute forte bem em baixo "donde" a coruja dorme.


O segundo jogo, dos laranjas contra o terceiro time os Verdes, comandados pelo Capo Genaro, que também foi muito bom. Mais dois jogos o domingo de bom futebol se foi, restando à felicidade e um pouquinho de dores musculares, coisas de atletas da terceira idade, risos. Fui almoçar no Espaço Malls, na Granja Viana, um shopping aberto, recém-inaugurado e muito acolhedor.

Dispondo de bons restaurantes e uma livraria enorme, onde entrei para pegar o livro do Boleiro Serginho Chulapá, do qual sou inspirado em vestir a camisa nove de artilheiro manhoso, porém, mais tocador da bola. Infelizmente ou felizmente não encontrei a referida biografia do artilheiro, porém, sai com o livro "Feliz por Nada" da Martha Medeiros, escritora que eu gosto e já copiei aqui no Boleiros por algumas vezes e agora, me permito copia-la novamente, se vocês quiserem é só ler, o livro já comprei, bjkas Marcão.


Dentro de um Abraço


Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada respirar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estréia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar - a intimidade da gente é irreproduzível.

Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.

E então? Somando os prós e os contras, as boas e as más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço.

Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios, e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.

Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo se time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira-mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?

Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria...num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste. Martha Medeiros

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcão a tua resenha tá muito boa, abraços