sábado, 16 de janeiro de 2010

Relatos Ciclo Viagem / Janeiro




Caros Boleiros, o Rodrigão, maluco beleza, meu filho do meio predileto, -os outros dois também o são-, começou a pedalar desde pequenininho, direto e sem o uso das rodinhas, de  apoio, na garagem do prédio onde morávamos, lá mesmo, o nosso amigo Wanderley, sempre falava: - E ai Picareta...!!!  estanhando ver um quase bebe andando tão bem de bicicleta.



Pois é, neste terça feira do dia 12 de janeiro, o Ro iniciou a 3ª . etapa do seu exuberante Projeto de Pedalar pela América do Sul, por dever de ofício, passo aqui os Relatos:

Eae família, estou bem pra cassete!!!! ta difícil a comunicação, fuso horário....

cicloviagem.org, logo mais o primeiro vídeo ta no ar....

saudades, AMO VCS!!

12/01/2010 – 9h 00min
Rodrigo - O dia começou intenso, desde o primeiro segundo já estava muito ansioso esperando pelo amanhecer do nosso primeiro dia, aquele predestinado a ser o dia do nascimento da 3° etapa do Projeto CicloPoiesis. A madrugada foi agitada, o sono veio e foi embora diversas vezes, mas o melhor foi acordar ouvindo a voz Da Lú a mulher que amo, minha lindinha.  Depois me despedi do Vitão e da Illa, parceiros ciclopoieticos desde as origens, com certezas vocês estarão no meu coração, não na garupa e sim na primeira classe!!!

Thobias – 5 dias de confusão, mental, corporal... um estado de dormência. Só consegui focar a viagem. Tenho recebido só boas vibrações, de todos os amigos. Dormi bem, passei o dia nos retoques finais, resolvendo coisas pra casa, trabalho e a viagem.
Jú Mio, minha companheira, segurou a onda. Me deixou tranqüilo no aeroporto. A viagem começou. A despedida já estava em processo a algum tempo, só foi finalizar. Valeu a todos mesmo.

23h Peru – Fuso de 3 horas

Do despertar ao chão frio do aeroporto de Lima, continuo essa descrição que iniciei no conforto da casa de meus pais em São Paulo.  No embarque em São Paulo correu tudo bem, a primeira negociação em relação ao pagamento da taxa de U$ 100,00 pela bicicleta foi bem sucedida, viva a integração entre os meios de transporte. Porém ao retirar a bike em Lima, me deparei com a caixa aberta e sinais claros de que ela já começou a ser testada...
Faço força para ficar acordado e aproveito para adiantar o trabalho com o vídeo e com essa descrição, obviamente. O trabalho vai ser árduo, é preciso organização e objetividade, um exercício muito interessante para quem se sente a vontade com a desorganização e a subjetividade, como se houvesse alguma relação de opostos entre essas quatro palavras. Vamos ao vídeo, já descarreguei os 3 primeiros gigas!

13/01/2010 – 3h da matina

Desmaiei! Acordei as 3h da manha para ir ao banheiro, logo senti os efeitos da altitude, náusea e tontura. Apenas ouvi um barulho e senti uma pancada na cabeça, acordei dentro do “Box” do banheiro sem saber o que estava acontecendo e com os sentidos muito fracos. PUNK! Eu sabia que as subidas e descidas dessa viagem seriam nosso maior desafio e o aviso veio rápido. Tomei o DIAMOX, um remédio utilizado por montanhistas para amenizar os efeitos da altitude, esse aumenta acidez do sangue e a pressão sanguínea, diminuindo as possibilidades de desmaios como esse. Vou descansar que a viagem está apenas começando...

Thobias – Digão, valeu. Tava no aeroporto, na parceria e em festa me esperando. A altitude se fazia mistura às 24 hs sem dormir, fome e cansaço. Pê valeu o apoio em Sampa. Viagem tranqüila, - Acordei com um estrondo no banheiro. Segundos depois aparece o Digão, Branco, desorientado, Porra Digão que susto. Mas nos serviu de alerta. Tudo bem resolvido. A altitude tá pegando.

14-15/01/2010

Embarcamos num trem para Aguas Calientes, cidade que fica ao pé de Macchu Pichu e chegamos nessa cidade turística, que apesar de ser cara é acolhedora. No dia seguinte visitamos as ruínas de Macchu Pichu, duas horas de caminhada subindo em direção ao lugar mais especial que conhecemos em todas nossas vidas. Estava chovendo um pouco, muitas nuvens e um frio de uns 10 graus, mas tudo isso não nos impediu de experimentar a magia Inca. Andamos livremente pelas ruínas, apreciando, contemplando e documentando, uma experiência que merece muito mais reflexão. Enfim, agora não podemos nos aprofundar muito nos detalhes, talvez nem devemos, pois nossas palavras certamente são efêmeras perto do esplendor de Macchu Pichu.
Agora começa o pedal!

PS.: Ro continue com Deus, não consigo conter as lagrimas, bjks  Marcão

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